segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Exemplos de Textos

O mulato
Aluísio de Azevedo

Quando Raimundo nasceu,seu pai,José Pedro da Silva,era casado com Quitéria de Freitas Santiago,que era mulher branca. Sua esposa decidiu acoitar e queimar os genitais da escrava Domingas,por causa da atenção que aquele dava a esta. Sem saber o que fazer, José Pedro leva o filho para casa do irmão em São Luiz .Regressando á fazenda ele encontra sua esposa transando com o Padre Diogo que naquela situação vergonhosa,acaba matando sua esposa,sendo o próprio Padre como testemunha. Depois de ambos fazerem um pacto de cumplicidade, José sai da fazenda e vai pra casa de seu irmão,onde morre. Raimundo que havia ficado anos na Europa,decide retornar ao Brasil e depois de ficar um ano no Rio volta para a sua terra,São Luiz,onde foi teve uma recepção calorosa de sua família e ao mesmo tempo pode rever seu tio e tutor Manuel Pescada. Depois de muito tempo, Raimundo já crescido decide investigar sua infância e acaba convencendo seu tio a visitar a fazenda onde fora criado quando criança. Ana Rosa, que era a sua prima,se apaixona por ele. Para que esta paixão se efetivasse teria que ser removido três barreiras:o pai da moça queria que a mesma se casasse com um dos caixas onde trabalhava;o cônego Diogo que era inimigo de Raimundo e por ser ele o responsável pela morte do pai deste e a avó da moça ,Maria Barbara,que era racista .Pouco a pouco começou a saber dos fatos relacionados á sua infância. Pede-se a mão de Ana Rosa e depois descobre que o razão de não se casar com ela era por causa da sua cor. Volta pro Rio,escreve uma carta para esta,revelando o seu amor pela mesma. Mesmo diante das proibições eles tentaram fugir. Uma carta foi interceptada pelo caixeiro Dias,empregado de Manuel Pescada. Quando foram efetuar a fuga,são descobertos. O caixeiro Dias acaba assassinado Raimundo por uma arma que era do cônego. Quem foi o autor da cilada foi o cônego. Ana Rosa aborta a criança

O Cortiço
Aluísio de Azevedo

João Romão, português ambicioso, compra pequeno estabelecimento
comercial na cidade do Rio de Janeiro ao lado do qual morava uma
escrava fugida (Bertoleza) que possuía uma quitanda e algumas economias
com quem João Romão passa a viver. Com o dinheiro de Bertoleza, o
português compra algumas terras, aumentando seu patrimônio e forja uma
carta de alforria para sua companheira. Com o decorrer do tempo, João
Romão começa a construir casas (verdadeiros cubículos!) que passam a
compor um movimentado cortiço ao lado do qual vem morar outro
português, o Miranda, de classe média alta, cuja mulher leva vida
irregular. Miranda não gosta nem um pouco da proximidade com o cortiço
onde moram os mais variados tipos: brancos, pretos, mulatos,
lavadeiras, malandros, assassinos, vadios, benzedeiras, etc., dentre os
quais se destacam: Machona, lavadeira escandalosa; Alexandre, mulato
antipático; Pombinha, moça boa que acaba por se prostituir; Rita
Baiana, mulata faceira; Firmo, malandro valentão; Jerônimo e sua
mulher, e outros mais. No cortiço há várias festas. Nelas, Rita Baiana,
provocante e sensual, enlouquece a todos os homens causando brigas que
culminam numa verdadeira “guerra” entre o cortiço de João Romão
("Cabeça-de-gato") e o cortiço vizinho (“Carapicus”). Porém, um
incêndio em vários barracos do “Cabeça-de-gato” põe fim à briga
coletiva. João Romão, agora endinheirado, reconstrói o cortiço e decide
casar-se com Zulmira, filha de seu vizinho Miranda. Só há uma
dificuldade: Bertoleza. João Romão tem um plano para livrar-se dela:
denuncia aos antigos proprietários da escrava seu atual paradeiro. A
escrava, com a chegada da polícia, compreende o que estava acontecendo
e corta o ventre com a faca com que preparava a refeição de João Romão,
morrendo diante de seus olhos. Ironicamente, abolicionistas aguardam na
sala de João Romão para entregar-lhe um título de benfeitor benemérito.

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